André Rodrigues: óleo sobre tela
A pintura acompanha o ser humano por toda a sua história. Ainda que durante o período grego clássico não tenha se desenvolvido tanto quanto a escultura, a Pintura foi uma das principais formas de representação dos povos medievais, do Renascimento até o século XX.Mas é a partir do século XIX com o crescimento da técnica de reprodução de imagens, graças à Revolução Industrial, que a pintura de cavalete perde o espaço que tinha no mercado. Até então a gravura era a única forma de reprodução de imagens, trabalho muitas vezes realizado por pintores. Mas com o surgimento da fotografia, a função principal da pintura de cavalete, a representação de imagens, enfrenta uma competição difícil.
Essa é, de certa maneira, a crise da imagem única e o apogeu de reprodução em massa.No século XX a pintura de cavalete se mantém através da difusão da galeria de arte. Mas a técnica da pintura continua a ser valorizada por vários tipos de designers (ilustradores, estilistas, etc.), especialmente na publicidade. Várias formas de reprodução técnica surgem nesse século, como o vídeo e diversos avanços na produção gráfica.
A longo do século XX vários artistas experimentam com a pintura e a fotografia, criando colagens e gravuras, artistas como os dadaístas e os membros do pop art, só para mencionar alguns. Mas é com o advento da computação gráfica que a técnica da pintura se une completamente à fotografia.
A imagem digital, por ser composta por pixeis, é um suporte em que se pode misturar as técnicas de pintura, desenho, escultura (3D) e fotografia.A partir da revolução da arte moderna e das novas tecnologias, os pintores adaptaram técnicas tradicionais ou as abandonaram , criando novas formas de representação e expressão visual.
A pintura refere-se genericamente à técnica de aplicar pigmento em forma líquida a uma superfície, a fim de colori-la, atribuindo-lhe matizes, tons e texturas.Em um sentido mais específico, é a arte de pintar uma superfície, tais como papel, tela, ou uma parede (pintura, mural).
PIGMENTOS
Em pinturas, tintas, plásticos, tecidos e outros materiais, um pigmento é um corante seco, geralmente um pó insolúvel. Existem pigmentos naturais (orgânico e inorganicos) e sintéticos. Os pigmentos agem absorvendo seletivamente partes do esperctro (ver luz) e refletindo as outras.Geralmente é feita uma distinção entre pigmento, que é insolúvel, e tintura, que é líquida ou então solúvel. Existe um linha divisora bem definida entre pigmentos e tinturas: um pigmento não é solúvel em seu solvente enquanto a tintura é. Desta forma, um corante pode ser tanto um pigmento quanto uma tintura dependendo do solvente utilizado. Em alguns casos, o pigmento será feito pela precipitação de uma tintura solúvel com um sal metálico. O pigmento resultante é chamado de "lake". Pigmento deteriorantes é aquele não permanente, sensível a luz.
TÉCNICA
Paulo Frade: pintando a óleo
Toda pintura é formada por um meio líquido, chamado médium ou aglutinante, que tem o poder de fixar os pigmentos (meio sólido e indivisível) sobre um suporte.A escolha dos materiais e técnica adequadas está diretamente ligada ao resultado desejado para o trabalho e como se pretende que ele seja entendido. Desta forma, a análise de qualquer obra artística passa pela identificação do suporte e da técnica utilizadas.O suporte mais comum é a TELA (normalmente feita com um tecido tensionado sobre um chassis de madeira), embora durante a Idade Média e o renascimento o afresco tenha tido mais importância. É possível também usar o papel (embora seja muito pouco adequado à maior parte das tintas).Quanto aos materiais, a escolha é mais demorada e, normalmente, envolve uma preferência pessoal do pintor e sua disponibilidade. O papel é suporte comum para a aquarela e o guache, e eventualmente para a tinta acrílica.As técnicas mais conhecidas são: a pintura a óleo, a tinta acrílica, o guache, a aquarela, a caseína, a resina alquídica, o afresco, a encáustica e a têmpera de ovo. É também possível lidar com pastéis e crayons, embora estes materiais estejam mais identificados com o desenho.
PINTURA A ÓLEO
Paulo Frade: óleo sobre tela
A popularidade da pintura a óleo atribui-se à extraordinária versatilidade que oferece ao artista conferindo magníficos resultados nas técnicas tradicionais (como a mistura cromática e o brilho) e excelente e consistente qualidade. Hoje, a palete cromática de tintas de óleo abrange cerca de 114 cores disponíveis oferecendo uma conjugação harmoniosa de cores espectrais e um elevado nível de pigmentação intenso com óptimas propriedades de pintura. Uma larga variedade de médios está, entre muitos fatores, avaliada a alterar certas caraterísticas das tintas de óleo como a consistência, a textura, o lustro/brilho e uma taxa de secura/fixação.
PINTURAS ACRÍLICAS
Gabi Spree: acrílica sobre tela
O acrílico é uma tinta sintética solúvel em água que pode ser usada em camadas espessas ou finas, permitindo ao artista combinar as técnicas da pintura a óleo e da aquarela. Para fazer tinta acrílica, você pode misturar tinta guáche com cola branca (PVA).A tinta acrílica possui uma secagem muito rápida, em oposição à tinta óleo que chega a demorar meses para secar completamente em trabalhos com camadas espessas, possui um odor menos intenso e não causa tantos danos a saúde por não possuir metais pesados, como o cobalto da pintura a óleo.Sua praticidade, já que não depende de secantes, o diluente é a água, não é nociva ao pintor e seca rápido e a matriz cromática é ampla, a torna muito popular entre artistas contemporâneos.Em técnicas mistas, acrílica e óleo ou acrílica e pastel, a tinta acrílica sempre é utilizada primeiro já que a as tintas oleosas fixam no acrílico mas o acrílico não fixa nas tintas com vetores oleosos.A tinta acrílica também é usada para pintura de residências, pode ser aplicado em ambientes internos e externos. É lavável, pode-se remover sujeiras, com auxílio de uma esponja macia e sabão neutro.
AQUARELA
André Rodrigues: Aquarela
Aguarela (Portugal) ou aquarela (Brasil) é uma técnica de pintura na qual os pigmentos se encontram suspensos ou dissolvidos em água. Os suportes utilizados na aguarela são muito variados, embora o mais comum seja opapel com elevada gramagem. São também utilizados como suporte o papiro, casca de árvore, plástico, couro, tecido, madeira e tela.
A aquarela há muito tempo se tornara um hábito nas cortes européias, o que lhe dava certo “ar”
de futilidade, de feminilidade espontânea e, embora surgissem novos pintores aquarelista,
esta técnica começa a ser vista com preconceito. Com o passar dos anos, surge uma grande
contradição em torno deste método, notadamente no Brasil, onde a aquarela é vista como um
método escolar. Apreciada por alguns, desprezadas por outros e incompreendida por muitos,
o certo é que a aquarela deve ser defendida pelas suas qualidades intrínsecas, como uma
técnica em si mesma.
Guache é uma palavra que provem do Italiano “Guazzo” que quer dizer tinta de agua. O termo foi originalmente cunhado no século XVIII em França, embora a técnica seja muito mais antiga, utilizada frequentemente a inícios do século XVI em Europa.
O guache dilui-se com água até ter mais ou menos a consistência do azeite. Aplica-se sobre papéis e cartões variados que devem ter algum “corpo” para não enfolarem. Os pincéis adequados para a pintura com guache são os mesmos da aguarela. Hoje em dia o termo guache é dado as pinturas realizadas com este médio. Existem habitualmente em tubos e também em pastilha, em qualidade profissional e estudante. um aquarela opaca, porém elaborado numa consistência mais líquida por ser utilizado uma quantidade maior de aglutinante. Seu grau de opcacidade varia com a quantidade de pigmento branco adicionado à cor, geralmente o suficiente para evitar que a textura do papel apareça através da pintura, fazendo com que não tenha a luminosidade das aquarelas transparentes
É uma mistura de aglutinante (goma arábica) com pigmento branco, que resulta numa tinta opaca de grande poder de cobertura. É constituído por pigmentos coloridos moídos em pó aglutinados com um pigmento plástico (medium) e pigmento branco opaco.
A tinta é tornada opaca pela adição de pigmentos inertes, com por exemplo gesso-cré ou blanc fixe. Outrora era preparado tendo como ligante a goma arábica. Diferencia-se da aguarela pela sua qualidade opaca, as cores claras podem ser colocadas em cima de outras mais escuras, desde que já secas.
Na Idade Média já se usavam guaches nas iluminuras. Muitos artistas o usaram desde aí até aos nossos dias. Existem habitualmente em tubos e também em pastilha. Embora o guache seja principalmente uma técnica de pintura é também usado muitas vezes para desenho e ilustrações ou trabalhar em conjunto com materiais variados de desenho.
O guache dilui-se com água até ter mais ou menos a consistência do azeite. Aplica-se sobre papéis e cartões variados que devem ter algum “corpo” para não enfolarem. Os pincéis adequados para a pintura com guache são os mesmos da aguarela. Hoje em dia o termo guache é dado as pinturas realizadas com este médio. Existem habitualmente em tubos e também em pastilha, em qualidade profissional e estudante. um aquarela opaca, porém elaborado numa consistência mais líquida por ser utilizado uma quantidade maior de aglutinante. Seu grau de opcacidade varia com a quantidade de pigmento branco adicionado à cor, geralmente o suficiente para evitar que a textura do papel apareça através da pintura, fazendo com que não tenha a luminosidade das aquarelas transparentes
É uma mistura de aglutinante (goma arábica) com pigmento branco, que resulta numa tinta opaca de grande poder de cobertura. É constituído por pigmentos coloridos moídos em pó aglutinados com um pigmento plástico (medium) e pigmento branco opaco.
A tinta é tornada opaca pela adição de pigmentos inertes, com por exemplo gesso-cré ou blanc fixe. Outrora era preparado tendo como ligante a goma arábica. Diferencia-se da aguarela pela sua qualidade opaca, as cores claras podem ser colocadas em cima de outras mais escuras, desde que já secas.
Na Idade Média já se usavam guaches nas iluminuras. Muitos artistas o usaram desde aí até aos nossos dias. Existem habitualmente em tubos e também em pastilha. Embora o guache seja principalmente uma técnica de pintura é também usado muitas vezes para desenho e ilustrações ou trabalhar em conjunto com materiais variados de desenho.
Bibliografia:
- LICHTENSTEIN, Jacqueline; A pintura - textos essenciais; São Paulo, 14 volumes; 2004;
- HARRISON, Hazel; Técnicas de desenho e pintura; São Paulo, 1994;